quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Entre câmeras e guitarras: o roqueiro da Unisc TV

Pablo Melo tem 28 anos e é produtor em mídia audiovisual. Formado na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2009, trabalha na Unisc TV como operador de câmera, editor de vídeos e produtor de vinhetas. Sempre paciente e disposto a ajudar, Pablo transparece tranquilidade. Mas quem vê o comunicador em seu dia-a-dia, ajudando os alunos do curso de comunicação social ou auxiliando na produção dos programas da Unisc TV, nem imagina a veia roqueira que ele carrega.

Pablo Melo: Músico e Produtor
em Mídia Audiovisual
Ele é guitarrista e vocalista da Vesana, uma banda de rock santa-cruzense que existe desde 2006. Pablo conta que, no início, a banda tinha outro nome. "Era um nome em inglês. Aquela velha historinha, galerinha mais jovem, quer ser mais descolado". O antigo nome da banda era Upside. Mas apenas Pablo continua na banda desde seu início. "Dá pra dizer que eu sou o Humberto Guessinger da Vesana", brinca.

Sua principal influência é o guitarrista Billy Joe da banda estadunidense Green Day. Dentre as bandas brasileiras, ele destaca a Fresno. "Porque eu acompanhei o trabalho deles desde o início. Inclusive a gente já fez uma festa, trouxemos ele quando eles não eram famosos ainda. Mais ou menos. Eles estavam entrando no Top 10 da MTV. A gente pagou R$ 5.000,00. Agora deve estar o quê? Uns R$ 100 mil, sei lá".

E Pablo ainda consegue unir a profissão que escolheu à paixão pelo rock. No último Gramado Cine Vídeo a banda Vesana saiu vencedora na categoria Video Clipe com a música Caos. Ele conta que o vídeo foi produzido como trabalho de conclusão de curso e aproveitado para o concurso. Este é o segundo videoclipe gravado pela banda. O primeiro foi com a música Anti-hino ao Tempo. Até o fim do ano está previsto o lançamento de um EP da banda, com 5 faixas. O álbum já está em processo de mixagem.



Se quiser saber um pouco mais sobre a trajetória de Pablo Melo e da banda Vesana, confira a entrevista completa na sessão de Podcasts.

Companheiros além dos palcos: a história de Lívia e Dilson

Professora de teclado na Academia de Música Evidências, cantora, publicitária formada e acadêmica de Produção em Mídia Audiovisual na Universidade de Santa Cruz do Sul. Essa é Lívia Luz. Uma comunicadora com um pé na música, ou uma cantora com alma de comunicadora, como preferir. Divide os palcos com o noivo, Dilson, com quem forma uma dupla e integra uma banda (banda Disco Rock).

Desde pequena Lívia tem contato com a música. Ainda criança, estudou piano. Na adolescência começou a cantar no coral da escola em que estudava. Nessa época, participou de vários festivais. Ganhou uma bolsa para estudar na Evidências. Foi o seu primeiro contato com a academia que já faz parte de sua vida. "Isso foi em 2000 e desde então eu não sai mais de lá".

Foi na Evidências também que ela conheceu Dilson, seu parceiro tanto na música quanto na vida pessoal. Ele é professor de guitarra na academia há 15 anos. "Mas na verdade a gente não lembra muito como a gente se conheceu. A gente não lembra muito um do outro quando eu comecei a 'fazer Evidências'. E todo mundo pergunta se o namoro veio antes da dupla, se a dupla veio antes do namoro. Na verdade veio o namoro antes. Eu tinha essa parceria com o Roberto, e o Roberto me abandonou pra estudar música em Pelotas. Aí o Dilson resolveu me adotar", conta Lívia aos risos.

Mas Lívia revela que teve dificuldades no início da carreira. "Apesar de a gente ter muitos contatos, os contratantes, é muito difícil tu provar que é bom, digamos assim". Ela conta que teve mais dificuldades em sua parceria com Roberto do que com seu atual companheiro, Dilson. "Como as pessoas conheciam muito o Dilson, e não me conheciam, a gente, não digo que nos aproveitamos da fama do Dilson, sabe, mas eu e o Roberto, ninguém nos conhecia".

A dupla também tem o projeto de lançar seu CD com músicas próprias. O álbum já está em fase de gravação. "Já foram gravadas as guias, já foi gravada a bateria em todas as músicas e o baixo em algumas. Então ainda temos a guitarra, o teclado, voz, muita coisa pra percorrer ainda". E brinca, "quem sabe para o próximo natal ele já está pronto. Nesse natal eu não garanto".

Se quiser saber um pouco mais sobre a trajetória de Lívia Luz e da banda Disco Rock, confira a entrevista completa na sessão de Podcasts.

Quanto custa tocar na noite?

Mais do que talento e dedicação, é necessário ter um bom equipamento para começar a tocar profissionalmente. Para quem está começando e toca sozinho ou em dupla, uma mesa de som com 4 canais já resolve o problema. Dois microfones (caso seja uma dupla) também bastam (e dois tripés para microfone), junto com uma caixa de som amplificada. O valor médio para um equipamento de qualidade intermediária fica em torno dos R$ 900,00 (sendo otimista). Mas é claro que tudo depende do poder aquisitivo e da possibilidade de investir em produtos de alta qualidade.
Vegas Tuner: Valor médio de R$ 150,00
Folk GF1C: Valor médio de R$: 350,00
Mas ainda falta a peça principal de toda a produção: o violão. Começar a tocar profissionalmente não significa ter que comprar um violão top de linha, tampouco usar um instrumento de baixíssima qualidade (e baixíssimo custo). Para quem quer um instrumento com preço mais acessível e de boa qualidade o Vegas Tuner da TAGIMA e o Violão Folk GF1C da Giannini são boas escolhas. O primeiro possui cordas de nylon (que facilitam o aprimoramento técnico do músico) e já possui um afinador interno. Já o segundo tem cordas de aço e possui recursos presentes apenas em instrumentos profissionais.

Violões profissionais
APX900 da Yamaha
Grand Auditorium 314CE da Taylor
A6 da Godin: Valor médio de R$ 3.000,00
Para quem tem dinheiro sobrando e quer investir em um instrumento de alta qualidade, há algumas marcas que se destacam no ramo. Uma delas é a Yamaha, destaque na escolha de madeiras nobres e com um processo diferenciado de secagem da madeira. Um instrumento da linha APX, por exemplo, custa em torno de R$ 2.500,00. Outra marca que se destaca é a Godin, uma das favoritas de quem toca MPB. Por fim temos a Taylor com o modelo Grand Auditorium 314CE considerado por especialistas como um dos melhores violões do mundo. Os valores encontrados são muito variados, mas não baixa de R$ 3.000,00 (por um instrumento novo), podendo chegar a R$ 7.000,00, dependendo do local de procura.

No vídeo abaixo você confere um pouco da capacidade sonora de um violão da Godin.

Video-aulas ensinam fundamentos básicos do violão


Aventurar-se nas cordas e acordes de um violão sem qualquer auxílio ou conhecimento técnico não é algo aconselhável. O ideal é que o iniciante tenha sua iniciação no instrumento com um professor experiente e capacitado. Em outras situações, os próprios pais ou irmãos passam seus conhecimentos adiante. Mais tarde, após esse estudo caseiro, o aspirante a violonista procura um estudo mais avançado, com aulas particulares ou em uma escola de música.

Ainda assim, para aqueles que não possuem recursos para investir em sua iniciação no violão, há alternativas disponíveis na rede - principalmente em canais do Youtube -  que auxiliam o iniciante em seus primeiros passos. Dois desses canais que destacam-se pela didática em seus vídeos são o Mais Que Música e o CifraClub. Seus vídeos ensinam desde noções básicas de afinação e como tirar os primeiros acordes, até estudos avançados de dedilhados, acompanhamentos e harmonização.

Como se fabrica um violão?

Originalmente chamado de Guitarra Clássica, o violão que se conhece hoje é um dos instrumentos mais populares do mundo. Características como sua extensão, volume sonoro, riqueza harmônica e baixo custo o transformaram no principal instrumento na grande maioria dos estilos. Utilizado em rodas de samba, bandas de rock e orquestrações clássicas, tornou-se o mais eclético dos intrumentos. Mas você sabe como se constrói um violão?

O vídeo ao lado foi produzido pelo Discovery Channel, com narração em português, e resume o processo de fabricação de um violão, desde a escolha da madeira, seu processo de modelagem em alta temperatura e secagem, etapas que definem a qualidade final do instrumento. Mesmo com a maior parte do processo sendo automatizada, os detalhes da fabricação ainda são feitos de forma manual em muitas fábricas, o que garante o toque artesanal em sua produção.


Dia de rock na praça Getúlio Vargas

Algumas bandas têm a capacidade de entrar para a história da música. Sua bagagem é tão rica e seu sucesso tão marcante, que a banda é eternizada. Prova disso é o "Dia Beatle", espetáculo promovido ano passado e que terá reprise esse ano. O evento reunirá bandas como Voga, Friends e Disco Rock em um tributo àquela considerada por muitos como a maior banda de rock de todos os tempos.

Praça Getúlio Vargas
Ano passado o evento foi no dia 6 de dezembro e fazia parte das atrações da Christkindfest 2009. Este ano, o Dia Beatle será no próximo domingo, 5 de dezembro, às 20h na praça Getúlio Vargas. Cada banda deverá tocar duas músicas dos Beatles para um público de fãs e saudosistas que se reunirá na praça para assistir ao espetáculo. A ideia do evento, além da homenagem à banda, é oferecer uma oportunidade às bandas da cidade para que possam mostrar o seu trabalho.


Lívia e Dilson: Cantora e guitarrista
(respectivamente) da banda Disco Rock
E a expectativa dos músicos é grande. A cantora da banda Disco Rock, Lívia Luz, colocou em seu twitter que estava "dando uma ouvida nas músicas q a banda Disco Rock vai tocar no . Vai ficar show!!! Amanhã tem o último ensaio!! ;)". Ela ainda brincou que, "Santa Cruz do Sul: ou não tem nada pra se fazer ou tem um monte de eventos legais no mesmo dia! ". A referência foi ao show da banda Dios Salve a La Reina, que será realizado no mesmo dia, no teatro do colégio Mauá. Os organizadores do Dia Beatle são Miguel Beckencamp e o colunista do jornal Gazeta do Sul, Ike.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Programa de rádio incentiva música autoral

Uma parceria entre o Departamento Municipal de Cultura de Santa Cruz do Sul e a Rádio Gazeta FM leva ao ar o projeto "Música a Cidade". Desde o dia 17 de outubro, das 22h às 23h, a música autoral da cidade tem espaço. Independente do estilo, o cantor, dupla ou banda, ganha um espaço na programação para demonstrar o seu trabalho. Além de terem suas músicas tocadas durante o programa, os músicos santa-cruzenses também têm a oportunidade de participarem de entrevistas durante o programa.


Coordenadora do Departamento Municipal de Cultura
De acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação da prefeitura de Santa Cruz do Sul, o projeto vem para reforçar ações que já existem de incentivo aos músicos da cidade. A coordenadora do Departamento de Cultura, Marli Silveira, destaca que faltava um projeto que proporcionasse maior visibilidade aos músicos. Ela ainda ressalta que quem circula pela noite de Santa Cruz do Sul vê muitos músicos talentosos que vivem de shows em bares e restaurantes, mas sem a oportunidade de expandir seu trabalho.


Site da Rádio Gazeta FM
Com o projeto, os músicos locais ganham uma hora por semana para divulgarem suas músicas próprias, ao contrário do que normalmente ocorre em bares, onde os músicos fazem cover de artistas famosos. Além da parceria com a Rádio Gazeta, o projeto do Departamento Municipal de Cultura conta com a colaboração de empresas da cidade como o CFC Machado, Afubra, ProfiGen, Ido Dupont e Stadtbus .