Música ao vivo embala Halloween em Rio Pardo

Seu nome é Carlos Eurico, mas ele não gosta do segundo nome. Na verdade, prefere ser chamado de "Ninja", apelido que carrega desde a infância. Ninja estuda música há oito anos e há 2 passou a viver como músico profissional. Duas vezes ao mês ele toca na Cafeteria Buanna, no centro de Rio Pardo. E foi lá que Ninja no sábado, dia 30, na festa de Halloween.

Ninja conta ainda que, além de Rio Pardo, costuma tocar em bares de Santa Cruz do Sul e Pantano Grande. O músico de 25 anos largou o emprego e a faculdade de Química para se dedicar ao instrumento. Vindo de família de músicos, lembra que sempre teve o incentivo dos pais, e que o irmão foi seu primeiro professor de violão. Hoje ele faz aula de violão uma vez ao mês em Porto Alegre e de teoria e percepção musical na escola Evidências, de Santa Cruz do Sul.



 

Ninja mistura clássicos da MPB com sertanejos
universitários em seu repertório

Sonhos e Preconceitos

Carlos conta que seu sonho é ser bacharel em violão. Para isso, presta vestibular em duas etapas. Primeiro ele irá até a UFSM para uma prova prática em seu instrumento e outra de teoria musical. Caso seja aprovado, ganha a chance de prestar vestibular no fim do ano junto aos candidatos dos outros cursos. Apenas quando receber a aprovação nas duas etapas é que estará apto para começar a faculdade.

Mas o músico revela que ainda encontra dificuldades, mesmo após dois anos de carreira. "A principal dificuldade é o preconceito. A maioria das pessoas acha que músico não trabalha. Eu levanto de manhã, tomo meu café, e fico no mínimo doze horas em cima do meu instrumento, para chegar onde eu quero chegar um dia. Um dia, se Deus quiser, vou ser um profissional do violão, vou fazer minha faculdade e vou ser bacharelado. Só que algumas pessoas acham que não tem essa dificuldade toda. Elas acham que é fácil. Que é só pegar o instrumento ali e tocar."

O ambiente

Os sócios da cafeteria: Dairo, Ana Cristina e Everson.

Desde sua inauguração, no início do ano, a Cafeteria Buanna oferece música ao vivo a seus clientes. De acordo com Ana Cristina, uma das sócias da cafeteria, "nós colocamos música ao vivo no primeiro dia e depois o pessoal ficou perguntando quando ia ter de novo. Daí nós montamos um calendário com o Ninja. Duas vezes por mês a gente coloca música ao vivo". Ela conta ainda que, no verão, mais dois músicos serão incluídos no calendário do estabelecimento. A Buanna abre de segunda a sábado, das 8:30 às 21h, e no domingo das 16h às 21h.